BORDAR UMA NOVA TERRA [ENTRE] CONTINENTES
Abstract
Este texto propõe o bordado como gesto que pode contribuir com a constituição de um novo plano de imanência, a partir de dois trabalhos artísticos de duas artistas, uma brasileira e outra portuguesa, com a intenção de romper fronteiras e criar outros modos de habitar e coexistir na contemporaneidade. A escrita, em agenciamento poético com a literatura, traz o gesto artístico do bordado como membrana de contato, deixando vir à superfície do texto, linhas de atravessamentos estéticos, éticos e afetivos, constituidoras dessa nova imagem de pensamento. Nesse sentido, o trabalho propõe o bordado como gesto aberrante que ativa o acontecimento, noção de Gilles Deleuze, convidando a outros modos de povoar uma nova terra entre continentes.References
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